Os trabalhadores da Empresa Fabril de Calçados e Uniformes-EP (EFCU), encarregada da confecção de uniformes e calçados militares, estão a enfrentar uma grave crise, estando há cerca de oito meses sem receber os seus salários. A situação crítica gerou descontentamento e preocupação entre os funcionários, que desconhecem os motivos por trás dos atrasos.
Em declarações ao Factos Diários, um dos colaboradores relatou a precariedade das condições de trabalho, destacando a falta de alimentação no local. Durante uma reunião realizada na quarta-feira, a Direcção da empresa insinuou a possibilidade de falência devido a problemas financeiros, o que foi recebido com ceticismo pelos trabalhadores.
Os funcionários contestam essa afirmação, argumentando que a EFCU tem estado a produzir em grande escala e a arrecadar fundos significativos. “Estamos há longos meses sem sentir o cheiro do dinheiro”, lamentam, sublinhando as dificuldades que enfrentam para cobrir despesas básicas como alimentação, arrendamento e educação dos filhos em escolas privadas.
A EFCU, gerida por empresários chineses desde 2022, foi estabelecida para fornecer equipamentos e acessórios às Forças Armadas Angolanas e outros órgãos de Defesa e Segurança. A falta de salários coloca em risco não apenas o bem-estar dos trabalhadores, mas também a continuidade das operações da empresa, gerando apreensão sobre o futuro da produção e do emprego na região.
CRÉDITOS:FACTOS DIÁRIOS
