O líder do grupo parlamentar da UNITA disponibilizou-se para apurar a veracidade da acusação feita esta terça-feira, 15, pelo Presidente da República sobre o envolvimento de políticos em crimes de contrabando e vandalismo.
Liberty Chiaka, que falava aos jornalistas após o discurso sobre o Estado da Nação, disse que João Lourenço “fez uma acusação que é grave”, ao afirmar que lamentavelmente, políticos e parlamentares, que têm a obrigação de defender a lei e o bem público, instigam e fomentam crimes como o contrabando de combustíveis e a vandalização de bens públicos.
Liberty Chiaka disse que enquanto deputados, estarão a disposição de contribuir para se apurar a veracidade desta grave acusação. Mas é importante dizer que todos nós sabemos que os que fazem o contrabando de combustível são dirigentes do regime, em certa medida, o Presidente estava a apontar as suas baterias ao seu grupo parlamentar”, referiu.
O deputado do maior partido da oposição angolana, manifestou-se também decepcionado com o discurso feito pelo Presidente por, segundo ele, não reflectir a dura realidade que os angolanos vivem.
Liberty Chiaka, afirmou ainda que depois de duas horas do discurso do Presidente, a maior decepção foi “não ter ouvido do Presidente um retrato fiel da dura realidade que os angolanos vivem”, tendo acrescentado que o país regista retrocessos do ponto de vista do Estado democrático de direito das conquistas alcançadas.
Lamentou que Angola, que completa no próximo ano, 50 anos de independência, registe presos políticos, presos de consciência, o que significa que, em rigor, do ponto de vista político “o país falhou”.
CRÉDITOS:CORREIO DA KIANDA
