Um homem de aproximadamente 43 anos, identificado como Paulo Manuel, foi acusado de asfixiar sua esposa, Angélica Manuel Miguel, de 41 anos, até a morte. O incidente ocorreu no sábado, dia 11, no município do Sequele, em Icolo e Bengo.
De acordo com a irmã da vítima, Paulo havia planejado o crime, levando o filho primogênito do casal sob a falsa alegação de que o levaria a uma consulta médica, apesar de a criança estar saudável. No mesmo dia, por volta das 9h, a irmã mais velha de Angélica ligou e confirmou que ela estava bem. No entanto, horas depois, outra irmã tentou contatá-la, mas não obteve resposta, o que não levantou suspeitas imediatas.
Enquanto Paulo estava fora com o filho mais velho, as crianças menores, de 10 e 5 anos, permaneceram em casa com a mãe. Após o crime, ele colocou o corpo de Angélica no sofá da sala, como se ela estivesse descansando. No domingo à noite, por volta das 21h, o filho de 10 anos começou a acordar a mãe, percebendo que algo estava errado quando ela não se levantou. Assustado, ele avisou uma vizinha, que ao entrar na casa constatou que Angélica estava sem vida.
A vizinha ligou para Paulo, que não atendeu a chamada inicialmente, mas depois atendeu de outro número. Ele retornou para casa aparentemente inocente. No entanto, o Serviço de Investigação Criminal foi notificado e considerou Paulo como principal suspeito. A autópsia revelou que Angélica faleceu devido a estrangulamento.
O psicólogo Amâncio Emanuel Justino, em entrevista ao Correio da Kianda, comentou sobre o caso, sugerindo que Paulo poderia estar enfrentando transtornos psicológicos, como insegurança e ambição desmedida, que o levaram a tomar a drástica decisão. Ele destacou que a natureza humana tende ao materialismo e que, em algumas situações, isso pode resultar em comportamentos extremos.