O Deputado da UNITA eleito pelo círculo provincial de Luanda, Jeremias Mahula, fez uma avaliação negativa sobre a situação social, económica e cultural do município do Cazenga, destacando a problemática das inundações durante a época chuvosa. A situação tem gerado grande preocupação, sendo que o parlamentar apontou exemplos de obras paralisadas que foram projetadas no âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM). Mahula responsabilizou o ex-administrador do Cazenga, Tomás Bica, como um dos responsáveis pela atual condição do município no que diz respeito às inundações.
De acordo com o Deputado, têm ocorrido desvios de fundos destinados à construção de infraestruturas no município, e os responsáveis por esses atos são conhecidos e identificáveis.
Mercado Asa Branca e situação das vendedoras
Numa ronda feita pelo também secretário Municipal do Cazenga ao Mercado do Asa Branca, foi possível constatar que muitas vendedoras estão exercendo suas atividades fora do mercado, onde as condições de venda são precárias. Mahula também denunciou a cobrança de uma taxa diária, que varia entre 400 a 500 Kz, montantes que não são destinados à administração do mercado, mas sim a outros fins.
´´ Se para levar comida á casa já é difícil, imagina mas pagarem 500 kz aos rapazes que nem entregam os valores a Administração do mercado, pedimos que a Administradora do cazenga veja essa situação’’ sublinhou Mahula.
Desenvolvimento no Cazenga: uma realidade distante
Questionado sobre o desenvolvimento do Cazenga, Jeremias Mahula foi enfático ao afirmar que não houve progresso no município. O Deputado destacou que a juventude do Cazenga não tem sido incluída nas políticas públicas do atual Executivo liderado pelo MPLA.
O Deputado da UNITA, Jeremias Mahula, fez duras críticas à falta de oportunidades de emprego para a juventude do Cazenga, um dos maiores e mais populosos municípios de Luanda. Durante uma intervenção recente, Mahula destacou que a população jovem da região tem sido negligenciada nas políticas públicas do atual Executivo, liderado pelo MPLA, e que, como resultado, muitos jovens estão sem acesso a empregos dignos.
O parlamentar lamentou a situação de abandono em que se encontra a juventude do Cazenga, afirmando que, apesar das promessas de desenvolvimento e crescimento económico, pouco ou nada tem sido feito para gerar empregos e melhorar as condições de vida da população jovem. Segundo Mahula, muitos jovens estão sendo privados de oportunidades que poderiam ajudá-los a contribuir de forma significativa para o desenvolvimento da comunidade e do país.
Ele também mencionou que, enquanto o Governo continua a investir em projetos e obras que não se concretizam, a juventude do Cazenga continua a enfrentar dificuldades para encontrar emprego e garantir um futuro melhor.
Proposta de soluções
Em busca de soluções, o Deputado defendeu a criação de políticas públicas que priorizem a empregabilidade dos jovens, incentivando o desenvolvimento de projetos e iniciativas que favoreçam a formação profissional e a inserção no mercado de trabalho. Mahula também ressaltou a importância das autarquias locais, que, segundo ele, seriam uma oportunidade para descentralizar o poder e criar soluções mais eficazes para os problemas enfrentados pela juventude.
Propostas para a resolução dos problemas
Para resolver os problemas levantados, Mahula apontou a realização das autarquias locais como medida fundamental. O Deputado exortou também o Presidente da República e do MPLA a darem orientações ao grupo parlamentar do partido para que seja aprovado o pacote legislativo em falta, visando melhorar a situação do Cazenga e de outros municípios.
O Deputado concluiu que é urgente uma mudança de postura do Executivo para que os problemas históricos do Cazenga sejam finalmente resolvidos, colocando as necessidades da população como prioridade.
