Em 2025, isto é, em 11 de Novembro, Angola celebrará os 50 anos de sua independência, um marco histórico que representa a luta e o sacrifício de muitos angolanos que contribuíram para a libertação do país. No entanto, o governo liderado por João Lourenço está a criar situações controversas significativas: a exclusão de duas figuras proeminentes da luta pela independência, Dr°Jonas Savimbi e Holden Roberto, do programa de atribuição das medalhas comemorativas.
Dr°Jonas Savimbi, líder fundador da UNITA, e Holden Roberto, fundador da FNLA, desempenharam papéis cruciais na luta contra o colonialismo português. Ambos foram protagonistas em momentos decisivos da história angolana, mobilizando forças e apoiando a causa pela liberdade e autodeterminação do povo angolano.
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A decisão de não conceder medalhas a Jonas Savimbi e Holden Roberto pode ser vista como uma forma de silenciar vozes que, apesar das divergências políticas e ideológicas, também lutaram pelo mesmo ideal: a liberdade. Essa exclusão não apenas ignora suas contribuições históricas, mas também reflecte uma falta de disposição para promover um diálogo inclusivo sobre o passado do país.
Reconhecer todos os que participaram na luta pela independência é fundamental para a construção de uma Angola unida e reconciliada. O passado deve ser abordado com honestidade e transparência, permitindo que diferentes narrativas coexistam. Somente assim poderemos avançar como nação, respeitando as histórias e as lutas de todos os angolanos.
Em última análise, a celebração dos 50 anos de independência deve ser um momento não apenas de festa, mas também de reflexão sobre os caminhos percorridos e as lições aprendidas. A inclusão ou exclusão de figuras como Jonas Savimbi e Holden Roberto deve servir como um alerta para que o futuro da política angolana seja pautado pelo respeito mútuo e pela valorização da diversidade.
Recorda-se que o Parlamento angolano aprovou, no dia 12 de fevereiro, a condecoração de António Agostinho Neto e de José Eduardo dos Santos, primeiro e segundo Presidente da República, respectivamente, deixando de fora Holden Roberto (FNLA) e Jonas Savimbi (UNITA) das homenagens nos 50 anos de independência.
A Proposta de Lei que Cria a Medalha Comemorativa Alusiva aos 50 anos de Independência Nacional, a ser assinalado a 11 de Novembro deste ano, foi aprovada na especialidade apenas com votos favoráveis do MPLA. Para certos segmentos da so ciedade civil e até mesmo políticos, a proposta reflecte um entendimento unilateral da história do país.