Sector da Agricultura projecta cultivar mais de 900 mil hectares

Economia

A província do Huambo tem disponíveis mais de 900 mil hectares de terras para garantir o aumento da produção no Ano Agrícola 2024/2025.

Região tem um grande potencial na produção alimentar e pode garantir a auto-suficiência © Fotografia por: Vigas da Purificação | Edições Novembro

O director do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas, António Daniel Camuti, disse, na segunda-feira, que a extensão de terras vai ser usada pelo sector familiar e empresarial.

A previsão é de colher aproximadamente um milhão e oitocentas mil toneladas de produtos diversos no sector da agricultura familiar e seis milhões de toneladas no empresarial.

António Daniel Camuti disse que a população do Huambo deve esperar por um ano agrícola tranquilo, pois o Executivo, através do Ministério da Agricultura e Florestas, e o Governo Provincial estão a trabalhar para que a partir da segunda quinzena de Setembro sejam garantidas as condições do início do Ano Agrícola sem sobressaltos.

“Para este ano, teremos cerca de 296.076 famílias camponesas envolvidas, no âmbito do Programa de Extensão e Desenvolvimento Rural e cerca de 118.430 agregados vão ser assistidos com meios de trabalho e fertilizantes, o que corresponde a 40 por cento do grupo alvo”, assegurou.

O director do Gabinete provincial da Agricultura garantiu que os camponeses vão receber apoios directos do Executivo e as acções indirectas vão ser realizadas por outros parceiros do Governo, através das administrações municipais, Programa Integrado de Combate à Pobreza, ONG e outros tipos de financiamento.

António Camuti disse que, para o Ano Agrícola 2024/2025, a província do Huambo conta com uma reserva de cerca de oito mil toneladas de fertilizantes, sendo 7 mil de composto 12-24-12, quinhentas toneladas de ureia e quinhentas de sulfato de amónio.

“Estas quantidades não são suficientes, mas são as possíveis, para podermos arrancar o Ano Agrícola 2024/2025, visto que outras acções de entrega de fertilizantes vão continuar”, revelou.

Camponeses organizados

O director do Gabinete Provincial da Agricultura, António Camuti, lembrou que o Ano Agrícola não se cinge apenas na distribuição de meios de trabalho, existem outras componentes, como o reforço da capacidade produtiva.

“Temos de organizar os camponeses, dar assistência técnica e cuidar da extensão rural. Este trinómio deve funcionar para que tenhamos um Ano Agrícola sem sobressaltos. Por isso, pedimos aos agricultores que se envolvam mais, pois temos de produzir”, disse.

O responsável destacou que a agricultura nacional ainda é sazonal, porque depende essencialmente da chuva, contudo existem outras acções como a reabilitação de valas de irrigação, a fim de assegurar o regadio para não se depender simplesmente das chuvas.

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