O Secretário Nacional da FNLA para o acompanhamento das províncias reivindicou nesta segunda-feira, 03, a paternidade do 4 de Fevereiro de 1961, que o país assinala hoje, como sendo consequência da luta da UPA/FNLA.
Lino Ucaca, argumentou que a data foi concebida e organizada para impedir a transferência de angolanos que estavam presos nas cadeias de São Paulo “casa de reclusão” em Luanda para o Tarrafal, em Cabo Verde.
Ucaca, afirmou que o coordenador da organização foi o nacionalista Cónego Manuel das Neves, que era o representante da UPA/FNLA em Luanda, e Neves Bendinha foi o Chefe das Operações.
O “político dos irmãos” lançou um apelo aos historiadores, com sentido de isenção e verdade com base aos factos e imparcialidade. Lino Ucaca disse que a FNLA não aceita o princípio segundo o qual, “quem governa dita a regra da história”,
O antigo chefe do gabinete de Holden Roberto, apelou à reconciliação da história e a reposição da verdade, e que “o 4 de Fevereiro sirva para honrar a memória dos heróis”.
Entretanto, o antigo Secretário de Estado do Interior do Governo de Transição de 1975, fruto dos acordos de Alvor, entre a FNLA, MPLA e a UNITA, João Vahekeni, falou das três datas que permitiram a cada angolano a libertação do seu país, encontrar-se via para este propósito, com ataque das forças militares do “Galo Negro” no dia 25 de Dezembro de 1966, onde atacaram Teixeira de Sousa.
Vahekeni reconhece, por outro lado, o ataque as cadeias de Luanda, a 4 de Fevereiro, com impressões digitais do MPLA, mas quem liderou a luta foi a FNLA.
Para o antropólogo Miguel Quimbenze, a celebração da data não tem sido conforme, por isto defende o enquadramento da efeméride no marco histórico da República de Angola.
A Rádio Correio da Kianda sabe que, o município do Negage, na província do Uíge, vai acolher hoje o acto central das celebrações do 4 de Fevereiro, data do início da Luta Armada de Libertação Nacional, assinalando, assim, o 64.º aniversário.
O acto em homenagem e exaltação ao patriotismo será presidido pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, acompanhado de uma delegação composta por Ministros, Chefias Militares, representantes de partidos políticos com assento parlamentar, membro da federação dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, segundo a nota partilhada pelo Ministério da Administração do Território.
A celebração do 64.º aniversário tem como sob lema “Angola 50 Anos, Preservar e Valorizar as Conquistas Alcançadas, Construindo um Futuro Melhor”.