As vendedoras ambulantes da Praça da Cerâmica, na Vila de Cacuaco, expressam indignação após os seus negócios serem atirados para uma vala de lixo e águas paradas por fiscais da administração municipal. Esta situação tem gerado um clima de tensão e desespero entre as zungueiras, que se vêem obrigadas a recuperar os seus produtos em condições deploráveis.
As vendedoras afirmam que a praça é pequena e que não há espaço suficiente para todas. Como resultado, muitas são forçadas a vender fora dos limites da praça, mas encontram-se com a repressão do serviço de fiscalização, que tem agido de forma severa. “Não temos espaço para vender. Quando ficamos fora da praça, os fiscais vêm e deitam os nossos negócios na vala de lixo. Temos que descer na vala que usamos para as nossas necessidades para recuperar o que foi deitado fora. Eles têm agido de forma desumana”, desabafou uma das zungueiras, visivelmente abalada.
A nossa equipa de reportagem procurou a fiscalização para ouvir o seu lado e foi informada de que as ações decorrem da suposta violação das regras de venda na via pública. “Estamos apenas a cumprir o nosso dever”, justificou um dos fiscais.
Os ambulantes pedem à administração do município de Cacuaco uma solução viável, solicitando um espaço adequado para a venda dos seus produtos. Além disso, apelam à limpeza da vala dentro do mercado, considerando-a uma grave ameaça à saúde pública, uma vez que produtos alimentares são comercializados nas suas proximidades.
Com a situação a agravar-se, as zungueiras esperam que a administração municipal tome medidas que garantam tanto o seu sustento como a saúde da comunidade.
CRÉDITOS:FACTOS DIÁRIOS